O Promotor Brady, Professor Cates e o advogado de defesa Clarence Darow.
Bertrand Cates, Professor de Hillsborro, será julgado hoje por ter infringido a Lei Butler, que prevê multa e/ou prisão para professores da rede publica do Estado do Tenesee que ensinarem quaisquer teorias que contrariem a criação como descrita na Bíblia.
O Promotor será o ex-Secretário de Estado e candidato à Presidência da República, Sr. Mathew Harrison Brady. Clarence Darow, o famoso advogado agnostico, assumirá a defesa. O juri será composto por integrantes do público, por meio de sorteio.
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APRESENTAÇÕES:
Teatro SESC Paulo Autran - Taguatinga Norte
de 11, 12 e 13 de junho - Horário: 20h30
de 11, 12 e 13 de junho - Horário: 20h30
Tel: 0800 617 617 - ENTRADA FRANCA
www.sescdf.com.br MIDIA:
CLIQUE NOS LINKS ABAIXO PARA LER AS MATÉRIAS:Humberto Pedrancini, Alaor Rosa, Samuel Cerkvenik, Georgia Nascimento, Guto Viscardi, Reinaldo Vieira, Alex de Castro e Roustang Carrilho.
Direção: Rogero Torquato / Assist. Direção: Alex de Castro / Roteiro: Grupo SESC de Pesquisa Cênica / Cenografia: Chico Junior e Vera antas / Figurinos: Roustang Carrilho / Iluminação: Dalton Camargo / Trilha Sonora Original: Juliano Goulart / Produção: Nalva Sysnandes
FATOS HISTÓRICOS E CURIOSIDADES
- A peça é inspirada em fatos reais. A primeira versão, "Inherit the Wind" (O Vento Será Sua Herança), foi escrita em 1951 por Jerome Lawrence e Robert Edwin Lee. Seguiram-se a essa várias versões cinematográficas e diversas outras montagens teatrais.
UMA LEI CONTROVERSA
- A Lei Butler existiu, e realmente previa penalidades para o ensino da evolução: "É ilegal para qualquer professor em quaisquer Universidades ou escolas do Estado, ensinar qualquer teoria que negue a história da Criação do homem como ensinada na Bíblia, e de ensinar que o homem descende de uma ordem inferior de animais".
FATOS REAIS
- A União Americana de Liberdades Civis anunciou que procurava um professor para contestar essa lei, afim de questionar sua constitucionalidade. John Scopes (na peça Bertrand Cates) aceitou o desafio.
- Houve também o interesse de empresários da cidade de Dayton, Tennessee, em obter publicidade para seu município.
- Scopes, era na verdade professor de Educação Física, com graduação em Direito. Ele foi preso apenas nominalmente e nunca esteve na cadeia.
- Willian Jennings Bryan (na peça Mathew Narrison Brady), ex-Secretário de Estado e influente político americano, foi o Promotor.
- Clarence Darrow (na peça Henry Drummond), advogado agnóstico, renomado por seu número de vitórias em tribunais, realizou a defesa.
- O julgamento marcou a primeira transmissão nacional de rádio.
- A condenação, mesmo sendo simbólica, foi contestada e anulada com base na alegação de que o Juiz impôs a sentença, não o júri.
- A Lei Butler foi assinada em março, e julgamento ocorreu em maio de 1925. A lei, entretanto, permaneceu vigente até o final dos anos 60.
PERSONALIDADES E PERSONAGENS
CLARENCE DARROW
Na peça: Henry DrummondAdvogado conhecido por sua astúcia, compaixão e agnosticismo, Darrow foi um dos maiores defensores dos direitos civis americanos. Na defesa de mais de 100 casos de pena de morte perdeu apenas um.
Após o julgamento de Scopes aposentou-se, voltando a prática eventualmente. Ele é considerado um dos grandes juristas e pensadores da história americana.
WILLIAM JENNINGS BRYAM
Na peça: Mathew Harrison BradyAdvogado e político, foi Secretário de Estado dos Estados Unidos da América. Morreu poucos dias após o julgamento. A morte de Bryan deixou muita gente triste, uma vez que ele era muito querido pelo seu povo.
JOHN SCOPES
Na peça: Bertrand CatesScopes deixou Dayton logo após o julgamento. O professor aceitou uma bolsa de estudos para pós-graduação na Universidade de Chicago. Trabalhou depois na Venezuela. Em 1930 retornou à Universidade de Chicago por um terceiro ano de estudo de pós-graduação.
Scopes manteve-se firme em suas convicções quanto a liberdade de expressão até o fim da vida.
H. L. MENCKEN
Na peça: E. K. HornbeckJornalista americano, ensaísta, editor e crítico mordaz da vida e da cultura americanas, Mencken ficou conhecido em seu país pelo seu relato satírico sobre o julgamento de Scopes, que batizou de "O Julgamento do Macaco".