quinta-feira, 20 de maio de 2010

PROFESSOR IDEALISTA É CULPADO OU INOCENTE?

     O Promotor Brady, Professor Cates e o advogado de defesa Clarence Darow.

     Bertrand Cates, Professor de Hillsborro, será julgado hoje por ter infringido a Lei Butler, que prevê multa e/ou prisão para professores da rede publica do Estado do Tenesee que ensinarem quaisquer teorias que contrariem a criação como descrita na Bíblia.

     O Promotor será o ex-Secretário de Estado e candidato à Presidência da República, Sr. Mathew Harrison Brady. Clarence Darow, o famoso advogado agnostico, assumirá a defesa. O juri será composto por integrantes do público, por meio de sorteio.

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APRESENTAÇÕES:

Teatro SESC Paulo Autran - Taguatinga Norte
  de 11, 12 e 13 de junho -
Horário: 20h30 

Tel: 0800 617 617 - ENTRADA FRANCA
www.sescdf.com.br



MIDIA:
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ELENCO:

 
 

Humberto Pedrancini, Alaor Rosa, Samuel Cerkvenik, Georgia Nascimento, Guto Viscardi, Reinaldo Vieira, Alex de Castro e Roustang Carrilho.

Direção: Rogero Torquato / Assist. Direção: Alex de Castro / Roteiro: Grupo SESC de Pesquisa Cênica / Cenografia: Chico Junior e Vera antas / Figurinos: Roustang Carrilho / Iluminação: Dalton Camargo /  Trilha Sonora Original: Juliano Goulart / Produção: Nalva Sysnandes



FATOS HISTÓRICOS E CURIOSIDADES
  • A peça é inspirada em fatos reais. A primeira versão, "Inherit the Wind" (O Vento Será Sua Herança), foi escrita em 1951 por Jerome Lawrence e Robert Edwin Lee. Seguiram-se a essa várias versões cinematográficas e diversas outras montagens teatrais. 

UMA LEI CONTROVERSA
  • A Lei Butler existiu, e realmente previa penalidades para o ensino da evolução: "É ilegal para qualquer professor em quaisquer Universidades ou escolas do Estado, ensinar qualquer teoria que negue a história da Criação  do homem como ensinada na Bíblia, e de ensinar que o homem descende de uma ordem inferior de animais". 


FATOS REAIS
  • A União Americana de Liberdades Civis anunciou que procurava um professor para contestar essa lei, afim de questionar sua constitucionalidade. John Scopes (na peça Bertrand Cates) aceitou o desafio. 
  • Houve também o interesse de empresários da cidade de Dayton, Tennessee, em obter publicidade para seu município.
  • Scopes, era na verdade professor de Educação Física, com graduação em Direito. Ele foi preso apenas nominalmente e nunca esteve na cadeia.
  • Willian Jennings Bryan (na peça Mathew Narrison Brady), ex-Secretário de Estado e influente político americano, foi o Promotor. 
  • Clarence Darrow (na peça Henry Drummond), advogado agnóstico, renomado por seu número de vitórias em tribunais, realizou a defesa.
  • O julgamento marcou a primeira transmissão nacional de rádio.
  • A condenação, mesmo sendo simbólica, foi contestada e anulada com base na alegação de que o Juiz impôs a sentença, não o júri.
  • A Lei Butler foi assinada em março, e julgamento ocorreu em maio de 1925. A lei, entretanto, permaneceu vigente até o final dos anos 60.


PERSONALIDADES E PERSONAGENS


CLARENCE DARROW
Na peça: Henry Drummond
Advogado conhecido por sua astúcia, compaixão e agnosticismo, Darrow foi um dos maiores defensores dos direitos civis americanos.  Na defesa de mais de 100 casos  de pena de morte perdeu apenas um.
Após o julgamento de Scopes aposentou-se, voltando a prática eventualmente. Ele é considerado um dos grandes juristas e pensadores da história americana.

WILLIAM JENNINGS BRYAM
Na peça: Mathew Harrison Brady
Advogado e político, foi Secretário de Estado dos Estados Unidos da América. Morreu poucos dias após o julgamento. A morte de Bryan deixou muita gente triste, uma vez que ele era muito querido pelo seu povo.

JOHN SCOPES
Na peça: Bertrand Cates
Scopes deixou Dayton logo após o julgamento. O professor aceitou uma bolsa de estudos para pós-graduação na Universidade de Chicago. Trabalhou depois na Venezuela. Em 1930 retornou à Universidade de Chicago por um terceiro ano de estudo de pós-graduação.
Scopes manteve-se firme em suas convicções quanto a liberdade de expressão até o fim da vida.

 H. L. MENCKEN
Na peça: E. K. Hornbeck
Jornalista  americano, ensaísta, editor e crítico mordaz da vida e da cultura americanas, Mencken ficou conhecido em seu país pelo seu relato satírico sobre o julgamento de Scopes, que batizou de "O Julgamento do Macaco".

10 comentários:

  1. “A certeza moral é sempre um sinal de inferioridade cultural. Quanto mais o homem é atrasado culturalmente, mais certo ele está de que sabe exatamente o que é certo e o que é errado. Todo o progresso humano, mesmo moral, tem sido o trabalho dos homens que têm dúvidas sobre os valores morais, e não dos homens que têm tentado aplicá-los. O homem verdadeiramente civilizado é sempre cético e tolerante.” E. K. Hornbeck.

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  2. A peça é muito impactante, coloca algumas questões muito importantes sobre liberdade de credo e expressão. Foi muito interessante. Saimos do teatro e continuamos debatendo o assunto até altas horas. Recomendo a todos que gostam de uma boa polêmica.

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  3. A peça é tendenciosa. O Padre parece um fanático. Nem todas as pessoas que tem fé são asssim. Mas a peça é boa.

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  4. AS PESSOAS DO JURI DECIDEM MSMO O FINAL DA PEÇA?

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  5. O roteiro é muito bem sacado. Gostei do advogado de defesa, bem escrachado, ironico, mas com fundamentos. Teatro é uma delícia - uma delícia é também ver aquela moça linda no palco. Parabens.

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  6. Em resposta ao Sr. Tony, o juri constituido por membros sorteados do público é que efetivamente decide, por meio de votação secreta, o final da peça. Cada espetáculo pode ter uma conclusão diferente.

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  7. Gostei muito da peça. Achei muito instrutiva e divertida. A realidade dessa estória, de uma maneira menos agressiva, infelizmente ainda faz parte do nosso presente. Quando fui assistir a peça não poderia imaginar que seria tão interessante. Desejo muito sucesso para vocês.

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  8. Á peça é envolvente e o tema é muito bem desenvolvido. O cenário e figurino nos transporta à época dos fatos reais e a trilha sonora faz prender a atenção do público.
    Parabéns à idealização do tema e ao roteirista.

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  9. Parabens! Eu adorei a peça! Coloca agente para pensar. Muito divertida também. O jortnalista é o melhor, tanto personagem como ator. Gente, vale muito a pena ir ver.

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  10. Na verdade é triste que o tema seja piada por estar em pauta até hoje. A ignorância e o orgulho dos que se escondem na tradição são uma droga corrosiva. Muito boa a iniciativa de trazer a luz assuntos tão pertinentes. Parabens a todos.

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